Quando o corpo cura... E é interditado!
Uma terapia simples e eficiente, que aproveita os recursos do próprio organismo, dissemina-se pelo Brasil, é discutida na imprensa e probida pelas “autoridades”.
Ralph Viana
Uma prática tradicional da saúde, utilizada desde 1911, está nas manchetes de jornais e programas de televisão do Brasil em 2007. Não por seus reconhecidos e comprovados benefícios, mas porque querem interditá-la, mesmo sem o conhecimento de suas bases e as experiências feitas a respeito. A manchete do programa Fantástico excedeu em seu julgamento prévio, "Autopicaretagem", apesar de mostrar depoimentos de várias pessoas declararando que melhoraram enormemente com seu uso, depois que médicos desistiram de seus casos.
Na intenção de trazer informações substanciais e profundas a seus leitores, e não apenas opiniões, o BEM ESTAR decidiu dedicar sua matéria de capa a este assunto que atualmente ocupa o lugar central nos debates sobre técnicas terapêuticas complementares.
O QUE É?
Auto-hemoterapia é uma técnica de estimulação imunológica que consiste da retirada de sangue da veia e reposição imediata no músculo da nádega ou do braço da própria pessoa, estimulando assim o Sistema Retículo-Endotelial (S.R.E), provocando a quadruplicação dos macrófagos em todo organismo (ABMC, 2004). Segundo o médico Ricardo Veronesi, o macrófago é uma célula importante no mecanismo de defesa do sistema imunológico, já que responde por várias funções: destruição de vírus, bactérias, complexos auto-imunes e células anormais (neoplásicas); eliminação do excesso de colesterol; limpeza de esteróides; regulação de hormônios; auxílio na desintoxicação do organismo e metabolismo de drogas; remoção de microagregados de fibrina e prevenção de coagulação intravascular.
Portanto, a auto-hemoterapia funcionaria como uma vacina inespecífica, estimulando o organismo a fortalecer suas defesas contra qualquer agressão externa. Esta é sua função primordial.
UM POUCO DA HISTÓRIA
Apesar dos vários comentários das "autoridades" médicas, afirmando que a auto-hemoterapia não tem fundamentação científica ou estudos prévios, uma simples pesquisa é suficiente para traçar seu percurso histórico.
Em 1911, o médico F. Ravaut registrou sua utilização em diversas enfermidades infecciosas, em particular na febre tifóide e em várias dermatoses. O Dr. Ravaut usou também a autohemoterapia em certos casos de asma, urticária e estados anafiláticos (Dicionário Enciclopédicode Medicina, Tomo 1, de L. Braier).
Em 1912, o professor Sicard, da Sorbonne, Paris, utilizou-a empiricamente em tratamento de infecções e também para tratar da acne juvenil, com resultados muito positivos. Tal prática disseminou-se na Europa.
Em 1941, o Dr. Leopoldo Cea, no "Dicionário de Términos Y Expressiones Hematológicas",pg. 37, cita: Auto-hemoterapia: "método de tratamento que consiste em injetar a um indivíduo cierta cantidad de sangre total (suero Y glóbules) tomada de este mismo indivíduo". No mesmo ano, o Dr.H. Dousset, coloca a auto-hemoterapia na classificação de técnicas indispensáveis: "É muito útil em certos casos, para dessensibilizações".
Em 1976, Stedman, no "Dicionário Médico", 25ª edição, pg. 129, cita a utilizaçãoda auto-hemoterapia, descrevendo seu procedimento. O mesmo acontece no livro "Index Clínico" - Alain Blacove Belair, publicado em 1977.
Ou seja, a auto-hemoterapia é uma técnica conhecida há muito tempo no campo médico, indicada por várias autoridades e com diversos estudos publicados. Portanto, não cabem os argumentos das "autoridades" de que se trata de uma técnica pouco conhecida e sem estudos realizados.
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