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*** Será o fim dos remédios?
Casos excepcionais de cura graças a Autohemoterapia... e a polêmica (resistência) formada entre a classe médica
Micheline Borges
O médico hematologista, especialidade que trata das doenças relacionadas ao sangue, Marcos Leão, é radicalmente contra a Auto-hemoterapia, uma técnica simples e polêmica que consiste na retirada do sangue da veia e reaplicação imediata no músculo do paciente, e que ao longo dos anos tem dado resultados positivos, inclusive no combate ao câncer. A falha, segundo ele, está na ausência de respaldo científico. Apesar dos inúmeros depoimentos favoráveis à técnica, não há nada até hoje que comprove a sua eficácia. E é justamente nesse ponto que a classe médica sustenta a opinião contrária a Autohemoterapia.
Segundo Dr. Marcos Leão a Autohemoterapia vai de encontro a tudo o que já se pesquisou na medicina desde que foi criada a Escola de Anatomia, Medicina e Cirurgia (hoje faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro), pelo príncipe regente, D. João, em 1808.
“Como posso acreditar numa coisa cuja maior biblioteca científica virtual do mundo não traz registro algum? Nunca se viu nenhum texto ou publicação a respeito da Autohemoterapia” – questiona Dr. Marcos. Esse é o posicionamento de oito entre dez médicos sobre a técnica defendida e difundida por um médico do Rio de Janeiro, o Dr. Luiz Moura, há pelo menos 29 anos. E a justificativa não termina por aí. Segundo o hematologista potiguar qualquer procedimento médico, sem nenhuma intervenção, tem 20 a 30% de chances de cura. É o famoso efeito placebo. O organismo tem uma reação espontânea em relação à doença. Para ele, essa pode ser a explicação mais sensata para os casos bem sucedidos atribuídos a Autohemoterapia.
Ao longo de toda a entrevista, concedida à Revista Foco, o médico se manteve irredutível, apesar dos inúmeros casos de pessoas idôneas da nossa sociedade que atribuem a cura de determinadas doenças a “injeção de sangue”, como é popularmente conhecida. Quando indagado sobre a acusação dos defensores da Autohemoterapia de que a classe médica não apoiava o tratamento, porque o mesmo provocaria uma “quebradeira” geral nos laboratórios de medicamentos e, automaticamente, ao fim de algumas benesses concedidas aos médicos, como viagens gratuitas e congressos pagos por essas multinacionais, além de vantagens financeiras, Marcos Leão foi enfático: “Esse é o tipo do pensamento desonesto. Não posso me sentir atingido por esse questionamento porque, simplesmente, não prescrevo remédio pensando em receber algo em troca de A ou de B”.
O pior, segundo o médico potiguar não é isso. O mais grave é a consequência que o tratamento pode provocar no paciente. O sangue é o maior meio de cultura – crescimento bacteriano – existente no organismo. Na hora que você o retira da veia e injeta fora do vaso isso pode favorecer a uma série de infecções e inflamações”.
Não é o que Dona Maria da Salete Fonseca (64) tem vivenciado ao longo dos últimos 12 meses. Vítima de artrose no joelho e na coluna, ela se submeteu a uma tomografia cujo diagnóstico a colocava numa cadeira de rodas. De fato ela quase chegou lá. Católica praticante, para ir à igreja, localizada a apenas 300 metros de casa, precisava parar duas vezes para descansar. Caminhava sempre com dificuldade. Subir escada, então, nem pensar.
"Até que eu fui apresentada a injeção do sangue por uma menina da pastoral do batismo da minha Igreja, aqui no conjunto Ponta Negra. Ela fazia, a mãe que tinha problema de pele também, e quem aplicava era uma sobrinha que é médica. Até aí não me convenci", conta Salete. Tempos depois, no encontro de casais da Igreja, um dentista deu-lhe de presente um DVD com a apresentação de Dr. Luiz Moura e tudo o que ela precisava saber sobre o tratamento. Aderiu às injeções e na quarta sessão já sentiu o corpo respondendo com mais eficácia aos seus comandos. "O momento mais emocionante foi quando consegui me ajoelhar novamente na Igreja. Foi um momento de muita fé e esperança de cura". Hoje Salete mostra uma vitalidade impressionante. Faz as tarefas de casa com habilidade, sobe e desce degraus com facilidade. "Não digo que estou totalmente curada, mas me locomovo muito bem. Se não fosse a Autohemoterapia estava numa cadeira de rodas", diz. A aposentada faz uma aplicação por semana, com uma pausa a cada período de dois meses.
O sonoplasta rádio 98 Fm, Gilvan Santos (49), é outro exemplo clássico e bem sucedido de Autohemoterapia. Há um ano descobriu um cisto no joelho. Andava com dificuldade. Bem acima do peso e precisando urgentemente praticar uma atividade física. Foi apresentado a Autohemoterapia pelo patrão e empresário Felinto Rodrigues Neto. Em três meses a dor desapareceu e pôde voltar a se exercitar. Hoje, com dez quilos a menos, se considera um atleta de alto rendimento graças a injeção do sangue. Até os problemas de pressão alta desapareceram. “Não dou ouvido aos comentários negativos sobre o tratamento. O que me interessa é o resultado e eu sou a prova viva de que a Autohemoterapia realmente funciona”, finaliza.
O caso do empresário aposentado, Elisson Aguiar Nobre (70), é impressionante. Emocionado, ele relata os últimos 12 meses da sua vida. Exatamente no dia 04 de Dezembro de 2008, seu Elisson saiu de uma consulta de rotina com o diagnóstico de câncer. A doença se alojava no peritônio e já estava em estágio bastante avançado. O médico deu-lhe 20 dias de vida, ou seja, ele não chegaria ao reveillon. “Só não me desesperei porque tenho uma formação religiosa muito grande. E, além do mais, médico nenhum sabe quando a gente vai morrer. Quem sabe é Deus”. Seu Elisson deu continuidade ao tratamento convencional e intensificou as sessões de Autohemoterapia. “Ora, se a técnica aumenta as defesas do organismo e se era justamente isso que eu estava precisando, porque não fazer?”. O fato é que a medida que os dias foram se passando ele foi sentindo que estava melhorando. Um ano e dois meses depois ele continua vivo pra contar a história. “Hoje não preciso mais nem fazer quimioterapia. Agora, minhas sessões de injeção são intensas. Tomo de cinco em cindo dias e não dou intervalo. O médico que diz que não dá certo é porque não sente na pele o que a gente sente e porque também não ganha dinheiro com o tratamento. Por isso eles têm dificuldade de indicar”, finaliza.
Sobre a Autohemoterapia
A técnica surgiu no início do século passado na França e foi estudada na década de 30 nos Estados Unidos e no Brasil. Por aqui, ela foi disseminada pelo médico Luiz Moura (84). Num vídeo distribuído a milhares de pessoas no Brasil inteiro, o especialista em Autohemoterapia há 29 anos reconhece que não há nenhum estudo científico sobre o tema, mas ao mesmo tempo não dá crédito algum aos padrões que se dizem científicos, mas aquele que comprova a cura do paciente. “Eu não respeito os padrões chamados científicos. Do tipo: isso eu não vou fazer porque não é comprovado pela ciência. Pra mim o que comprova qualquer coisa é o efeito do tratamento”.
O procedimento é simples: retira-se sangue do paciente, numa quantidade que pode variar entre 5 e 10 ml. Na mesma hora o sangue é injetado no músculo, mais precisamente no glúteo – área de maior absorção. Isso é feito uma vez por semana, durante três meses (tempo de um ciclo), seguidos de um intervalo de 30 dias. O sangue injetado faria crescer a quantidade de glóbulos brancos que defendem o corpo de infecções.
(Matéria extraída da Revista FOCO Nº 160)
FONTE: http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia.htm
REVISTA FOCO: http://www.revistafoco-rn.com/
http://www.revistafoco-rn.com/edicao160/index.htm