Auto-Hemoterapia, Dr. Fleming e os antibióticos...
Publicada: 02/09/2010
http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=76063
Texto: Jorge Martins Cardoso (Médico)
A doença celíaca é uma doença do intestino delgado caracterizada pela intolerância permanente ao glúten. Recentes publicações médicas descrevem a doença celíaca como sendo uma patologia de caráter imunológico. Os sintomas dessa doença são diarréia crônica, falta de apetite, desnutrição com retardamento do crescimento, osteoporose, dor abdominal, manchas e alteração do esmalte dentário e câncer do duodeno.
A doença celíaca não tem cura e o único tratamento consiste em uma dieta rigorosa por toda a vida, com total abstinência de todos os alimentos que contém glúten como: pães, biscoitos, bolachas, bolos, tortas, pizzas, hambúrgueres, macarrão, vodka, uísque, cervejas... Em 2008, gastroenterologistas australianos anunciaram em Melbourne que se encontrava em fase de
testes uma vacina contra a Doença Celíaca.
A Associação dos Celíacos do Brasil (www.acelbra.org.br) estima que existem no Brasil cerca de 300 mil celíacos. Destes, aproximadamente 500 sergipanos estão cadastrados na Associação. (4).
4ª - observação: No texto é afirmado que a doença celíaca é de caráter imunológico. Em 2008, gastroenterologistas australianos anunciaram que se encontrava em fase de testes uma vacina contra a doença celíaca. Trocando em miúdos: o glúten é uma proteína, que em alguns casos - ou em muitos casos - poderia estar agindo como um anticorpo agressor. Portanto, como uma doença auto-imune. Parece que estamos envolvidos em imunologia, imunoterapia e, por conseguinte em auto-hemoterapia! Então aqui cabe uma provocante interrogação. Poderia a auto-hemoterapia, também, colaborar no tratamento da doença celíaca?
Revista brasileira I - 2010 - No miolo da questão - Pesquisadores australianos identificam componentes do glúten associados à doença celíaca. Com 1 milhão de vítimas no Brasil e mais de 6 milhões na Europa, América do Norte e Austrália, a doença celíaca caracteriza-se pela intolerância do organismo ao glúten, proteína encontrada no trigo, aveia, centeio, cevada e malte. Descrita pela primeira vez no fim do século XIX, a doença celíaca até hoje não conta com um tratamento eficaz. Resta aos pacientes viver à base de uma dieta ultrarrestritiva.
Um estudo divulgado na semana passada na revista científica americana Science Translational Medicine lançou a esperança de que um dia os celíacos possam voltar a consumir alimentos à base de trigo, aveia, centeio, cevada e malte. Liderados pelo australiano Robert Anderson, do Instituto Walter e Eliza Hall de Investigação Médica, os pesquisadores identificaram os principais componentes do glúten que tornam a proteína tão nociva para determinadas pessoas.
...”Como o organismo do doente não consegue processar a proteína, o sistema imunológico acaba por atacar a mucosa do intestino delgado”, diz o infectologista Artur Timerman. Os cílios encontrados na parede intestinal, responsáveis pela absorção de vitaminas, sais minerais e outros nutrientes, são danificados. Tais lesões podem causar desde diarréia, anemia e perda de peso até déficit de crescimento, osteoporose e câncer.
...O objetivo final é a criação de uma vacina que “ensine” o organismo dos celíacos a lidar com o glúten - num processo conhecido no jargão médico como “dessensibilização”. Ainda não há previsão para o término dos estudos. Fontes: Ellen Simone Paiva (endocrinologista e nutróloga) e Associação dos Celíacos do Brasil. (5).
5ª observação: segundo todas as opiniões, por enquanto, a terapia principal é evitar o glúten. A terapia secundária é a convencional.
Revista brasileira II - Intolerância ao glúten - Não são apenas os pacientes celíacos que precisam retirar o glúten da alimentação. No consultório, observamos que mesmo os não alérgicos apresentam sintomas como abdômen distendido e dificuldade em perder peso. Ocorre também piora dos processos inflamatórios nas doenças auto-imunes como psoríase, artrite reumatóide e lúpus. (“No miolo da questão”, 28 de julho) - Fátima Nunes - Nutricionista clínica funcional - Natal, RN.
Sou celíaca e sofri durante anos com diarréia intensa, diagnosticada por inúmeros médicos, em São Paulo, como sintoma das mais variadas enfermidades. Aqui, encontrei um médico que salvou minha vida ao fazer o diagnóstico correto. Meu intestino já estava praticamente destruído.
Hoje levo uma vida normal seguindo a dieta recomendada. Depois que passei a ter contato com outros celíacos, fiquei surpresa ao constatar que casos como o meu não são exceção. A regra é esta: anos de sofrimento decorrentes da ignorância dos médicos. Marina Moraes Barbosa - Curitiba - PR. (6).
6ª observação: a nutricionista potiguar Fátima Nunes chamou a atenção para um fato muito interessante. Segundo ela, o glúten, além de afetar os portadores de doença celíaca, também piora os processos inflamatórios nas doenças auto-imunes como psoríase, artrite reumatóide e lúpus.
7ª observação: essas três doenças auto-imunes são citadas pelo médico Luiz Moura, sendo, as três, passíveis de cura através da auto-hemoterapia. Acrescente-se que o médico Olívio Martins, em seu livro, também recomenda o tratamento da psoríase através da vacina do sangue (auto-hemoterapia). (7). Finalmente, no trabalho do médico Ricardo Veronesi, tanto a artrite reumatóide como a doença de Crohn podem ser curadas através da imunoestimulação. Fica aqui registrada mais uma vez, a pergunta que não quer calar: seria também possível atenuar a doença celíaca ou curá-la através da auto-hemoterapia?
Bem amigas e amigos da rede AHT. Por hoje terminamos aqui. Se Deus nos permitir voltaremos outro dia. A todos boa saúde, boa alimentação, boa digestão, boa auto-hemoterapia, boa visão, boa leitura e bom dia.
Fontes: (1) - Livro - Farmacologia Clínica e Terapêutica - Otto Miller - 11ª Edição – 1977 - Editora Livraria Atheneu - páginas 500 e 502 - (693 páginas). (2) - Revista Medicina de Hoje - Março de 1976 - Dr. Ricardo Veronesi - página 7 – (9 páginas). (3) - DVD de 2004 - Auto-Hemoterapia: “Uma Contribuição Para a Saúde” – Dr. Luiz Moura. (4) - JORNAL DA CIDADE – Artigo de Marcionilo de Melo Lopes Neto (professor de química da U.F.S.) - Caderno A - página 2 – de 12 de março de 2009. (5) - Revista Veja - edição nº 2.175 – 28-julho-2010 - páginas 106 e 107. (6) - Revista Veja - edição nº 2.176 – 4-agosto-2010 - página 45. (7) - Livro - “O Poder Curativo do Sangue” - Dr. Olívio Martins - páginas 21 e 22 - (50 páginas).