Auto-hemoterapia deve ser mais debatida, defende especialista.
Injetar sangue do próprio corpo com a finalidade de aumentar a resistência imunológica é uma prática polêmica e deve ser mais discutida. Governo e sociedade civil precisam debater e chegar a decisões que atendam ao interesse público.
A opinião do presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista Jr, aponta o caminho de diálogo que deve permear as discussões quando o assunto envolve conhecimentos e saberes usados pela população e aqueles aceitos oficialmente pela classe médica.
“Já conversamos sobre o assunto no CNS e agora compete aos conselhos de saúde estaduais e municipais chamar para o debate em sua plenitude”, disse, durante o seminário Rodas de conversas: conexão de saberes e práticas populares em saúde no entorno/DF, nessa quarta-feira, 1º de outubro.
Proibição
A auto-hemoterapia não é reconhecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (SBHH), que se manifestaram contra o procedimento pela falta de evidências científicas e pelo efeitos colaterais que podem surgir.
Mas, na visão do terapeuta João Batista, que levantou a questão, o tema deve ser pesquisado pelos cientistas. “Se todos que usam dizem que estão se sentindo bem, ou melhoraram, isso precisa ser estudado”, afirmou. Entre os benefícios, a auto-hemoterapia seria mais eficiente e barata que tratamentos convencionais.
Texto: Fabiana Vasconcelos
Fonte: Secretaria de Comunicação da UnB
Publicado em: 31/10/2008
Copiado do site: Saúde em Movimento
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