O CFM parece estar cumprindo atribuições que estão fora da sua área, pois a pesquisa sobre tratamentos alternativos e sua validação não cabem a esta entidade, e sim diretamente ao Ministério da Saúde, com o apoio técnico e científico das Universidades Federais de Medicina.
Segundo consta na Wikipédia sobre o CFM:
"Os Conselhos são mantidos por contribuições anuais obrigatórias de todos os que exercem a Medicina no Brasil. A função de Conselheiro é privativa de médicos, que são eleitos por seus pares para mandato meramente honorífico, sem qualquer remuneração."
Ora, acreditar que o Presidente desta entidade e seu staff trabalham sem remuneração é um ultraje a capacidade intelectual de uma criança que acredita em papai noel.
"Nos últimos 50 anos, o Brasil e a categoria médica mudaram muito, e hoje, as atribuições e o alcance das ações deste órgão estão mais amplas, extrapolando a aplicação do Código de Ética Médica e a normatização da prática profissional."
"Atualmente, o Conselho Federal de Medicina exerce um papel político muito importante na sociedade, atuando na defesa da saúde da população e dos interesses da classe médica."
No caso de terapias baratas e populares, é evidente que a defesa "dos interesses da classe médica" são muito mais importantes do que "a defesa da saúde da população", pois a remuneração do staff do CFM não vem da saúde da população, mas sim das doenças dela. Logo, para o Sindicato Médico chamado CFM (que deveria ser chamado do SMF - Sindicato Médico Federal), é imprescindível manter a totalidade de doenças em um patamar "normal". A auto-hemoterapia diminuiria aproximandamente em 70% o número de internações, e também diminuiria aproximandamente em 80% o uso de remédios.
Quem pagaria as taxas ao CFM? Seria o seguro desemprego dos futuros médicos desempregados?
E o lobby da indústria farmacêutica, que influencia fortemente as decisões da Anvisa e do CFM, será que concorda em perder 80% dos seus clientes?